sábado, 26 de março de 2016

Confissões de um idolatra


Tenho tanto medo de mudanças, que sempre procuro novos métodos, novas ferramentas para manter meu mundo particular intocado e imutável.
Não aprendi a procurar soluções, ou ao menos um consolo pelas aflições da vida, no abrigo de um abraço. Porque não reconheço o outro como ser igual a mim. Tão pouco dou valor à existência alheia.
A tristeza e a depressão a qual padeço, é mais que merecida, afinal minha alma deformada não pode se satisfazer nas suas muitas cobiças, que exigiu do meu ser exterior como oferendas, ao meu Ídolo interior.
Se preciso de salvação, meus braços deverá produzi-la, afinal só me deleito no que mereço, graça não reconheço, sim! "eu"sou dono de mim. E tudo que tenho é fruto do meu trabalho. Por isso não tenho nada, senão o inferno como habitação da minha alma corrompida.
Sou escravo da minha pseudo-liberdade, fruto da minha mente insana, que engana a si própria, no vislumbre de um futuro próspero que jamais será real.
Por onde passo emano o cheiro podre da corrupção, com a qual sou corrompido e corrompo. Como um buraco negro consumo tudo que deveria partilhar, e como um furacão espalho aos quatro ventos toda maldade que as trevas em mim produz.
Sou desumano, rico de miséria e farto de uma avareza sem fim, que consome tudo e todos, e só aumenta a fome por mais dessa loucura egoísta.
Sou idolatra de mim mesmo, antes de idolatrar qualquer outra coisa.
Sim! Estou apodrecido, e apodrecendo dentro de mim.
Aí de mim se continuar sendo eu mesmo...
Não acreditamos que Deus possa transformar delinquentes em Cristãos, quando não vemos mudanças em nossa própria vida, quando dizemos com os lábios que somos convertidos, mas no fundo duvidamos da própria conversão.
"Se Deus não mudou nem a mim, vai mudar este outro que tenho como pior que eu?" Pensa minha alma arrogante e soberba. Pobre de mim, ainda não percebi, e talvez jamais perceba que o deus da minha vida é nada menos que um usurpador corrupto chamado eu mesmo.
Abomino quando me dizem estas coisas, não tenho prazer na verdade, tão pouco na realidade sóbria que vive a minha alma apodrecida.
A minha vida é um baile de máscaras, ferramentas que me fazem adaptar ao ambiente.
A maldade está para mim, como a carniça está para os corvos-banquete. Mas na falta de um corpo podre, me alimento dos grãos sadios. Sei me adaptar.
Abomino o espelho, porque não gosto de ver deformações, por isso não me relaciono com outros
Ah sim!! Aí de mim se continuar sendo eu.


terça-feira, 28 de julho de 2015

AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS

JOÃO 4:27-43

CARACTERÍSTICA DE QUEM NÃO AMA A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
NÃO AMA NEM A SI MESMO, NEM DEUS, TAO POUCO O PRÓXIMO.
- É PRECONCEITUOSO E EGOÍSTA. V 27
- NÃO ENTENDE (POR ISSO NÃO PRATICA) NADA DAS COISAS ESPIRITUAIS (VONTADE DE DEUS). V 33
- O PRÓXIMO É SEMPRE O OUTRO (ALGUÉM QUE EU USO E/OU MENOSPREZO).V 9
- SE INTERESSA APENAS POR SUAS PRÓPRIAS CAUSAS (EGOÍSTA).V 31
- PREOCUPA MAIS COM A PRÓPRIA REPUTAÇÃO DO QUE DO QUE ADQUIRIR O  CARÁCTER DE CRISTO.V 31
CARACTERÍSTICA DE QUEM AMA A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
- AMA AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO

- SACRIFICA SUA REPUTAÇÃO(MASCARA DE SANTIDADE) PELOS MAIS NECESSITADOS(DESPREZÍVEIS). V 27
- QUANDO ENCONTRA JESUS, DEIXA O QUE ESTÁ FAZENDO PARA ANUNCIA-LO A TODOS.V 28, 29 - 39
- TEM PRAZER EM FAZER A VONTADE DE DEUS, MAIS QUE QUALQUER OUTRA COISA. V 32
- ENTENDE (POR ISSO PRATICA)AS COISAS ESPIRITUAIS (VONTADE DE DEUS), E TEM PRAZER NELAS.V 34
CONCLUSÃO
EM QUE SITUAÇÃO NÓS NOS ENCONTRAMOS, AOS OLHOS DE DEUS NESTE MOMENTO EM QUE ESTAMOS VIVENDO? VIVENDO EM CAUSA PRÓPRIA? VENDO O IRMÃO COMO O OUTRO, A COISA A SER USADA OU MENOSPREZADA?

SE FOR DESTA FORMA, VAMOS PEDIR AO PAI CELESTE QUE INTERVENHA EM NOSSAS VIDAS ATRAVÉS DO ESPIRITO SANTO, PARA QUE POSSAMOS NOS PARECER MAIS COM SEU FILHO JESUS, PARA QUE AMEMOS MAIS AS PESSOAS, E AS RESPEITEMOS MAIS. PARA QUE POSSAMOS COMPARTILHAR COM ELAS O MAIOR TESOURO QUE TEMOS, A SALVAÇÃO COM A QUAL DEUS NOS PRESENTEOU, E NOS LIVROU DO INFERNO.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

SOLA SCRIPTURA: Faça o bem, mas faça agora!

SOLA SCRIPTURA: Faça o bem, mas faça agora!: A Bíblia diz que Jesus de Nazaré andou por toda a parte fazendo o bem (At 10.38). E como seus seguidores, não podemos agir doutra forma...



A Bíblia diz que Jesus de Nazaré andou por toda a parte fazendo o bem (At 10.38). E como seus seguidores, não podemos agir doutra forma. Eis o que nos ordena as Escrituras: “Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo” (Pv 3.28). Estender a mão ao necessitado, socorrer o aflito em suas angústias e dar pão ao que tem fome é uma atitude que agrada o coração de Deus. Só os homens pedra passam de largo diante da necessidade do próximo, virando o rosto para não ver e fechando o coração para não sentir. Somos imitadores de Cristo quando fazemos o bem. Deus é honrado quando praticamos boas obras. Evidenciamos a salvação pela graça quando os homens veem as nossas boas obras e glorificam a nosso Pai que está nos céus.
Mas, quando fazer o bem? Esse é o ponto em destaque no texto acima. O bem não pode ser postergado. O socorro ao necessitado não pode ser deixado para amanhã. Enganar com promessas vazias o necessitado que bate à nossa porta, ou adiar seu atendimento, tendo nós o poder de socorrê-lo imediatamente é uma atitude indigna de um cristão, desprovida de qualquer compaixão. Devemos ter pressa em ajudar o próximo. Devemos ter presteza em estender a mão aos necessitados. Devemos ter mais alegria em dar do que em receber. Devemos ter mais prazer em ser um canal da bênção de Deus do que um receptáculo dela. Não fomos salvos para reter as bênçãos apenas para nós mesmos como se fôssemos um mar Morto que só recebe as águas e não as distribui. Devemos ser como o mar da Galileia, um canal por onde as águas chegam e saem. E por onde elas passam, levam vida e esperança.
A Palavra de Deus nos ensina que devemos fazer bem primeiramente à nossa própria família. O apóstolo Paulo escreve: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1Tm 5.8). Em seguida, nós devemos fazer o bem a todos, mas especialmente aos domésticos da fé. Ainda o mesmo apóstolo escreve: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Finalmente, devemos fazer o bem ao nosso próximo, ainda que esse próximo seja o nosso próprio inimigo. O apóstolo Paulo exorta: “… se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.20,21). Você tem feito o bem? Tem feito o bem a todos? Tem feito o bem imediatamente? Tem feito o bem até àqueles que perseguem você? Tem feito todo o bem que você pode fazer? Tem feito o bem com motivações puras? Faça o bem, mas faça agora!
Rev. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Pensar...: Uma Pagão e o Cristianismo

Uma Pagão e o Cristianismo


Reprodução do site Aleteia
 
Durante muitos e longos séculos, um elegante manuscrito composto em grego permaneceu ignorado no mais abissal dos silêncios. O texto, de origens até hoje misteriosas, só foi encontrado, e por acaso, no longínquo ano de 1436, em Constantinopla, junto com vários outros manuscritos endereçados a um certo “Diogneto”.

Se não há certeza sobre o seu autor, sabe-se que o destinatário do escrito era um pagão culto, interessado em saber mais sobre o cristianismo, aquela nova religião que se espalhava com força e vigor pelo Império Romano e que chamava a atenção do mundo pela coragem com que os seus seguidores enfrentavam os suplícios de uma vida de perseguições e pelo amor intenso com que amavam a Deus e uns aos outros.

O documento que passou para a posteridade como "a Carta a Diogneto" descreve quem eram e como viviam os cristãos dos primeiros séculos. Trata-se, para grande parte dos estudiosos, da “joia mais preciosa da literatura cristã primitiva”.

Confira a seguir os seus parágrafos V e VI, que compõem o trecho mais célebre deste tesouro da história cristã:


"Os cristãos não se distinguem dos outros homens nem por sua terra, nem por sua língua, nem por seus costumes. Eles não moram em cidades separadas, nem falam línguas estranhas, nem têm qualquer modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, nem se deve ao talento e à especulação de homens curiosos; eles não professam, como outros, nenhum ensinamento humano. Pelo contrário: mesmo vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes de cada lugar quanto à roupa, ao alimento e a todo o resto, eles testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal.

Vivem na sua pátria, mas como se fossem forasteiros; participam de tudo como cristãos, e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é sua pátria, e cada pátria é para eles estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Compartilham a mesa, mas não o leito; vivem na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm a sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas, com a sua vida, superam todas as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, ainda assim, condenados; são assassinados, e, deste modo, recebem a vida; são pobres, mas enriquecem a muitos; carecem de tudo, mas têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, recebem a glória; são amaldiçoados, mas, depois, proclamados justos; são injuriados e, no entanto, bendizem; são maltratados e, apesar disso, prestam tributo; fazem o bem e são punidos como malfeitores; são condenados, mas se alegram como se recebessem a vida. Os judeus os combatem como estrangeiros; os gregos os perseguem; e quem os odeia não sabe dizer o motivo desse ódio.

Assim como a alma está no corpo, assim os cristãos estão no mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo; os cristãos, por todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não pertencem ao mundo. A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são visíveis no mundo, mas a sua religião é invisível. A carne odeia e combate a alma, mesmo não tendo recebido dela nenhuma ofensa, porque a alma a impede de gozar dos prazeres mundanos; embora não tenha recebido injustiça por parte dos cristãos, o mundo os odeia, porque eles se opõem aos seus prazeres desordenados. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; os cristãos também amam aqueles que os odeiam. A alma está contida no corpo, mas é ela que sustenta o corpo; os cristãos estão no mundo, como numa prisão, mas são eles que sustentam o mundo. A alma imortal habita em uma tenda mortal; os cristãos também habitam, como estrangeiros, em moradas que se corrompem, esperando a incorruptibilidade nos céus. Maltratada no comer e no beber, a alma se aprimora; também os cristãos, maltratados, se multiplicam mais a cada dia. Esta é a posição que Deus lhes determinou; e a eles não é lícito rejeitá-la”.

Fonte: http://www.aleteia.org/pt/religiao/artigo/uma-carta-de-mais-de-mil-anos-da-testemunho-os-cristaos-sao-a-alma-do-mundo-5802070808461312

Pensar...: Maria: anfitriã do Salvador

Maria: anfitriã do Salvador


Maria, ou como era conhecida em hebraico, Miriam, evoca uma longa linhagem de mulheres portadoras da promessa de um descendente.  Porém, uma linhagem de mulheres impossibilitadas biologicamente de conceber.  

Maria, mulher santa, separada pela soberania do Criador, encontrava-se no final desta longa linhagem.  Não é em vão que o anjo anunciara: "Nada é impossível para Deus" (Lc 1:37), praticamente a mesma sentença dita à Sara, esposa de Abraão, quando já idosa lhe fora prometido um filho (Gn 18:14).  

Sara, Rebeca e Raquel, agora, "a bendita entra as mulheres", Maria.  Foi dito, que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.  Todas estas mulheres milagrosamente deram à luz, claro, as matriarcas eram estéreis, Maria, entretanto, virgem.  Sob poder do Espírito Santo gerou e hospedou o Unigênito de Deus em seu útero, como a arca que abrigava as tábuas da lei.  

Neste período de advento, rumo ao Natal, lembremos do "Magnificat": "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador; porque deu atenção à condição humilde de sua serva... auxiliou Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia para com Abraão e sua descendência para sempre, como prometera aos nossos pais." (Lc 1:46 e seg).

Eis o lugar bíblico de Maria na soteriologia bíblica e protestante, o lugar da mãe de Jesus dentro da narrativa natalina.  #advento

sábado, 31 de janeiro de 2015

Davi e suas aflições

sábado, 31 de janeiro de 2015

Davi e suas Aflições



Davi, um homem segundo o coração de Deus. Um dos maiores reis de Israel, a princípio alguém que teve grandes êxitos e vitórias em sua vida. Muitos de nós sempre suspiramos ao ler sua história cheio de êxtase e emoções. Porém, a vida do rei Davi, nos revela a vida de um ser humano, falho, dependente, e cheio de aflições. Ele passou por transtornos, dificuldades e angústias, ele viveu a mercê de todos os problemas que eu e você também vivemos nos dias atuais.

Sua vida não teve sabor de mel, é muito menos só vitórias. Ele teve que aprender com os sofrimentos, teve que aprender a perder, a esperar e a se entregar a Deus. Algo que muito de nós negligenciamos em relação a nossa vida com DEUS, e ao longo desta caminhada nos frustramos, pelo fato de não entender o evangelho de Cristo. Evangelho este que me lança a uma vida onde existe choro, negação, perdas e um caminho estreito. Evangelho este que me chama ao perdão, ao amor, a pensar mais nos outros do que em mim mesmo,  que traz vida verdadeira, quebrantamento, esperança e paz e SALVAÇÃO!

O verdadeiro evangelho me transporta para uma vida sem máscaras , sem fantasias, pois diante da Cruz de Cristo, o meu "eu" tem que ser quebrado, despedaçado, destronado. O meu ''eu'' é levado cativo ao senhorio de Jesus.

A vida de Davi é realmente uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma  com uma extraordinária capacidade em se entregar a Deus, foi isto que o qualificava como "segundo o coração de Deus" (1 Sm 13.14 e At 13.22), não significa , de forma alguma que Davi fosse um homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para seus profundos desígnios. Os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou em grande arrependimento na convicção de haver pecado.

Vemos que Davi fora criado em uma família que não lhe dava crédito e nem importância. Era um solitário pastor de ovelhas, desprezado por seus irmãos e pais.(2 Sm 16.5,11,12).significa , de forma alguma que Davi fosse um homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para seus profundos desígnios. Os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou em grande arrependimento na convicção de haver pecado.

 Davi fora criado em uma família que não lhe dava crédito e nem importância. Era um solitário pastor de ovelhas, desprezado por seus irmãos e pais.(2 Sm 16.5,11,12).
Davi se apaixonava com facilidade, mas não amava com a mesma intensidade. Teve 04 esposas (Mical, Abigail, Aionã e Bate-Seba- em Hebrom, Davi casa-se com mais quatro mulheres: Maaca, Hagite, Abital e Eglá) e tem vários filhos( Samua, Sobabe, Natã,Salomão, Ibar, Elisua, Nefegue, Jafia, Elisama, Eliada e Elifelete, fora as filhas, das quais só temos o nome de uma: Tamar.

Depois de ter fugido de Saul andando errante de cidade em cidade, vagando por desertos e cavernas, Davi finalmente é consagrado rei sobre toda Israel. Talvez pudéssemos nos dar por satisfeito, ora ele terminou reinando, com uma coroa em sua cabeça , sendo reverenciado por todos, mas a história de sua vida não para por aqui.
Após ganhar territórios, aliados e principalmente fama, ele achou que se bastava em si mesmo, se acomodou no seu  próprio ego. E esse foi o estopim que marcaria sua vida para sempre.
Primeiro, se entrega em sua fraqueza e adultera com a mulher de seu soldado. Querendo esconder o seu pecado, pratica outro,  se tornando o principal culpado da morte do mesmo. Assim ele se demonstra ser um homem frio e calculista, orgulhoso e cheio de máscaras.
Após o profeta Natã, expor seus pecados, ele se volta para Deus em extremo arrependimento.
Daí por diante uma série problemas e lamentos o acompanham até o final de sua vida...
A série de narrativas dos capítulos 13-22 registra, a decadência de sua família. Acontece um incesto e um homicídio dentro de sua própria casa. Depois que Absalão ter matado Amnon, Davi ficou prostrado de pesar. A agonia de Davi  demostra que em sua vida seus fracassos e aflições foram marcantes em sua trajetória como rei de Israel.

Absalão ficou exilado por três anos, posteriormente pai e filho tiveram uma reconciliação parcial. A tensão portanto nunca se dissipou totalmente, desse momento em diante, Absalão gastou todas suas energias, a fim de subverter o reinado de seu pai . O conflito não resolvido entre pai e filho afligia o rei, e a despeito da séria ameaça que Absalão representava ao seu governo, Davi se relutava em reconhecer que sua autoridade estava seriamente ameaçada . Este filho conspirou para destronar seu pai e foi bem-sucedido em conseguir apoio dos seguidores descontentes de Davi.(2 Sm 15).
 Davi é forçado a fugir de Jerusalém a pé  juntamente com seus servos temendo por suas vidas. Em sua caminhada por abrigo e aliados, é enganado, apedrejado e amaldiçoado (2 Sm 16.5-8). Enquanto isto Absalão possuiu as concubinas de seus próprio pai, perante os olhos de todo Israel, em mais um escândalo da família real (2 Sm 16.21,22).
A guerra foi inevitável , assim os servos de Davi vence a batalha contra os soldados de Israel, mesmo com ordens diretas para poupar Absalão , Joabe o mata, trazendo grande dor e lamento a Davi (2 Sm 18.33).

Ele volta para Jerusalém ,e mesmo em sua velhice , é traído por Adonias, seu filho, que se declara-se rei sem que Davi soubesse(1 Rs 1.5,18). Mais tarde Salomão executa Adonias, demostrando que nessa família de nada valia o parentesco, o amor ou o temor ao Senhor, e sim a posição social, o egoísmo e o poder.

Davi foi um exemplo de homem amante da Palavra de Deus, mas também foi um descumpridor  da própria em todos os sentidos. Era Davi um homem de dupla personalidade, uma hora servo, outra hora independente e transgressor.

Aprendemos muito com a vida de Davi, nos identificamos com ele, nos erros, no egoísmo, na sua auto independência. Sua vida foi regida por altos e baixos, talvez por mais baixos do que altos. Mas o que me aquece o coração não é saber que ele foi rei conforme a promessa de Deus, ou era um escolhido, mas sim que tinha um coração quebrantado, que buscava perdão , arrependimento e soube enfrentar as conseqüências de suas escolhas erradas sem acusar Deus, encarou a vida, nos ensinando que teremos aflições, e diante destas aflições teremos um bom ânimo, perseverantes, confiando em Cristo, pois nossa vitória fora consumado na cruz.

Que possamos crescer em arrependimento e fé, naquele que em tudo nos fortalece.




por Alisson Bruno